segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Trato meu cão como filho. Isso é errado?

Iniciando o texto pela resposta, não, não é errado tratar seu cão como filho.

Mas depende.

Vamos à justificativa: desde que você cuide do seu cão como um filho para ser independente, seguro, confiante, apto para demonstrar comportamentos naturais, conhecedor das regras sociais, sem deixar de ser amoroso, carinhoso, amigo e companheiro, tudo bem. Na maioria dos casos, pais criam filhos para se tornarem educados em sociedade, seguros quando sozinhos e confiantes para resolverem situações adversas. É isso que você faz com seu cão? Em caso afirmativo, perfeito!

Em contrapartida, se você trata seu cão como um filho mimado, dependente, inseguro, autoritário, sim, é um problema tanto para o cão, quanto para quem vive com ele.


O senso comum dá a esta relação o nome de ‘humanização’. Entende-se que humanizar os animais é tratá-los como se fossem pessoas, conferindo a eles desejos e aspirações próprias a humanos. Certamente que projetar a outra espécie sentimentos inerentes à nossa não traz efeitos positivos a ambas.

A “humanização” dos cães tem uma via única na qual o humano é sempre beneficiado e o cão, a médio e longo prazo, quase nunca. Todavia, a palavra correta para descrever este comportamento não deveria ser nenhuma relacionada a ‘humanos’, uma vez que as atitudes atribuídas à humanização nada têm a ver com a relação entre pessoas saudáveis.

Em nome do amor, alguns optam por determinadas atitudes com os cães que não tiveram ou teriam com filhos. Vamos pensar juntos: um humano adulto carrega outro humano também adulto e saudável no colo durante um passeio no parque? Não seria estranho uma pessoa dar o almoço na boca de outra pessoa adulta e saudável apenas por acreditar que esta é incapaz? Ainda, seria sustentável não sair de casa porque um filho adulto não fica sozinho e, se isto acontece, grita e chora a ponto de o síndico intervir?

Pois é. Não tratamos humanos saudáveis desta forma caricata. Mas é possível ver pessoas fazendo isto com os cães. É por isso que acredito que a palavra correta não deveria ser ‘humanização’ dos cães, pois não tratamos humanos saudáveis assim.



E qual a consequência desta forma de relacionamento entre cães e pessoas?

Quando o cão é tratado de forma “humanizada”, ou seja, como um filho mimado, as consequências mais comuns de tal tratamento são:

Para o cão:

- Ansiedade por separação (potencial causa de abandono)
- Transtornos compulsivos (latidos em excesso, lambeduras, estereotipias, etc)
- Insegurança
- Medos e fobias
- Supressão de comportamentos naturais à espécie
- Baixo interesse social (com a mesma espécie)

Para as pessoas:

- Criar uma relação de dependências, acreditando que seu cão não vive sem sua presença
- Isolamento social, pois os cães passam a ocupar o lugar que poderia ser preenchido por outro humano
- Projetar necessidades e expectativas que não existem
- Acreditar em emoções caninas que não têm nenhum benefício adaptativo para a espécie, como: vingança, rancor e birra.
- E como podemos reverter este quadro?
- Desejar um cão mais independente, confiante e seguro.
- Não projetar nos cães emoções que não existem
- Adotar medidas que construam uma relação mais independente entre o tutor e o cão, como, por exemplo: ensinar o cão a ficar sozinho em casa.
- Criar uma rotina com atividades ao ar livre
- Buscar sociabilizar o cão, com aulas de adestramento em grupo, passeios em parques, viagens pet friendly e Day Cares.
- Ser cauteloso nestas mudanças, pois o cão precisará passar por uma nova adaptação.
- Respeitar a individualidade do pet: embora seja muito amado e seja parte da família humana, um cão é um cão.


Que tal darmos o tratamento respeitoso aos nossos amigos caninos, conferindo a eles a possibilidade de expressarem seus comportamentos naturais, tal qual nós gostamos de, também, expressar? Nem mais, nem menos: exatamente cães amigos, amados, sociáveis, saudáveis e inseridos na nossa família. Pense nisto e viva feliz com seu cão!

Fonte: PetLove

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Os gatos NÃO são traiçoeiros.

Você com certeza já escutou por aí as frases: “os gatos são interesseiros”, “os gatos são apegados apenas a casa”, “gatos não se apegam aos donos”, “gatos são traiçoeiros”, e por aí vai. Mas nós sabemos que nada disso é verdade. Por isso, estamos aqui para mostrar 10 provas de que os gatos não são traiçoeiros, mas sim muito amorosos e extremamente companheiros.

Os gatos, diferentemente dos cachorros, ainda estão em processo de domesticação. Os cães começaram a ser domesticados muito tempo antes do que os gatos e, por essa razão, domar um cão é muito mais fácil do que adestrar um gato. Por isso são comuns as comparações de que o cão vê seu dono como um Deus, enquanto os gatos pensam que eles são os verdadeiros deuses – além de todas aquelas frases que falamos anteriormente. Mas vamos ao que interessa!


Confira 10 provas de que os gatos NÃO são traiçoeiros:

1) Cuidam do seu dono. Quando estamos tristes ou doentes, o gato sempre está ao nosso lado, encostadinho – e não saem de lá por nada! Existem histórias de gatos que não permitem que outra pessoa chegue perto de seu dono quando ele está doente. Eles se sentem suficientes para o cuidado!

2) Levam presentes para agradar. Gatos adoram presentear seus donos queridos. Os que têm acesso às ruas, frequentemente aparecem em casa com algum passarinho ou rato morto de presente. Os que vivem apenas dentro de casa, adoram deixar seus brinquedinhos e bolinhas de papel em cima da cama (ou qualquer outro lugar onde o dono passe bastante tempo) para presentear seu tutor com todo carinho.

3) Reconhecem seu dono. Quem tem gato sabe o quanto. Além disso, o tutor reconhece cada tom do miado e já sabe o que o bichano quer: abrir a porta, mais comida, brincadeira, carinho. É uma conversa exclusiva entre gato e humano.


4) Só eles ronronam. O “ronrom” do gato já foi classificado como “ronrom terapia”, já que gera uma resposta calmante para quem ouve. Eles ronronam para demonstrar alegria e satisfação.

5) Eles mandam beijo. Quando um gato dá uma piscadinha com um ou dois olhos, de um jeito calmo e sutil, ele está te mandando um beijo. Essa demonstração de carinho é única desta espécie!

6) Transmutam energia. Os exotéricos dizem que eles tiram a energia ruim do ambiente e mudam para energia boa. Este tipo de crença os tornam uma espécie muito interessante e mais especial ainda, mas já sofreram muito no passado por serem considerados bruxos. Hoje sabemos que nenhum gato (especialmente o gato preto) tem o poder de amaldiçoar ninguém, pelo contrário: só querem amor!


7) Eles só miam para humanos. Na natureza o gato só mia quando é filhote, para se comunicar com a mãe. Eles passaram a manter este hábito na vida adulta para se comunicar com seus donos – ou seja, eles não pensam que são deuses e sabem que são os filhinhos da casa.

8) São carinhosos e procuram carinho. Quem nunca recebeu uma “cabeçada” de um gato pedindo carinho, ainda não passou tempo suficiente perto de algum para criar confiança e receber esse carinho tão gostoso! Além disso, muitos gatinhos recebem o seu dono na porta e ficam passando entre as pernas do dono para chamar atenção. Algo como: “ei, que bom que você está em casa!”.

9) Querem interagir com os donos durante as brincadeiras. Quando querem brincar, começam a correr para brincar de “esconde-esconde” com o dono, ou pedem para jogar a bolinha de papel, ou até mesmo começam a brincar com a caneta que você está escrevendo para te fazer entender que é hora da brincadeira!


10) Se relacionam muito mais com seus donos do que com estranhos. É por isso que quem nunca teve gatos acha que eles são “sem graça” e pouco calorosos, já que a maioria dos bichanos demonstra afeto apenas para aqueles em quem criou confiança. Portanto, antes de chamá-los de traiçoeiros, passe um bom tempo com um gato, tratando-o bem, e verá todo esse carinho voltando em dobro!


Fonte:PetLove

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Epilepsia em cães.

Você sabia que as crises convulsivas e epilepsia em cães são comuns? As crises convulsivas são geralmente assustadoras para aqueles que presenciam. Possuem diversas causas e por serem eventos difíceis de prevermos, geralmente nos pegam de surpresa.

A crise convulsiva pode indicar que o cachorro é portador de epilepsia, caracterizada por convulsões recorrentes, podendo algum fator externo despertar a crise. Durante a crise convulsiva, o animal se apresenta descontrolado e, às vezes, até inconsciente devido às altas descargas elétricas enviadas pelo cérebro.

A convulsão em cachorro pode ser focal ou generalizada e em diferentes níveis. Por isso, caso o animal tenha sua primeira crise convulsiva, é importante levá-lo a uma consulta com o profissional veterinário para avaliação.

Convulsão em cachorro

As crises convulsivas generalizadas são as mais assustadoras para os donos. O animal se deita de lado, treme e estica as pernas e pescoço, além de, em alguns casos, urinar e defecar involuntariamente. Pode durar segundos ou minutos.

As crises focais não deixam o animal inconsciente. São caracterizadas por tremores focais, ou seja, em apenas um local do corpo, seja uma perna ou apenas na cabeça. Podem evoluir para crises generalizadas se não forem observadas e tratadas a tempo.

Causas da epilepsia em cães

As causas da epilepsia em cães, ou seja, das convulsões em cachorros são:

Hereditária – cães de raça pura possuem maior predisposição em relação aos vira-latas. Entre as raças que possuem maiores chances de desenvolver epilepsia, podemos citar a Beagle, Pastor Alemão, Labrador e Golden Retriever. Machos também possuem maior predisposição do que as fêmeas. No caso do fator hereditário, as crises começam a aparecer entre o primeiro e o quinto ano de idade.

Tumor – principalmente os que afetam o sistema nervoso.

Infecções – alguns vírus podem provocar doenças que levam às convulsões (raiva, peritonite infecciosa felina, parvovirus, herpesvirus), assim como bactérias, fungos (criptococose) e protozoários (toxoplasmose).

Doenças hepáticas – ocorre intoxicação por componentes que o fígado não consegue metabolizar.
Problemas renais – devido ao acúmulo de ureia no sangue.

Doenças cardíacas – ocasionando problemas vasculares, que podem desencadear crises convulsivas.
Intoxicação por produtos, como inseticidas.

Hipoglicemia – principalmente em filhotes. Eles não têm capacidade de manter a glicemia em valores normais por muito tempo, por isso devem se alimentar diversas vezes ao dia.

Traumas – quedas e atropelamento que gerem traumas ao sistema nervoso

Estresse – animais que se estressam com barulhos de fogos e banho, por exemplo, podem desencadear crises convulsivas nessas situações.

Fêmeas no cio – o cio não é um fator que causa convulsão. Porém, caso a fêmea seja epilética, na época do cio as crises passam a ser mais frequentes por causa das ações dos hormônios.


O que fazer quando meu cachorro tiver convulsão

Manter a calma, apagar as luzes para tornar o ambiente mais calmo e afastar os objetos para evitar que ele se machuque. Quando a crise acabar, converse com ele, o acalmando.

Existe uma lenda de que devemos puxar a língua do cachorro e segurar seus membros durante a crise, mas é apenas boato. Não é possível engolir a própria língua, além do fato de que quem for tentar segurá-la pode acabar sendo mordido devido aos fortes tremores do maxilar neste momento. Segurar os membros só torna a crise ainda mais estressante, e este ato não minimiza o tempo da crise. Afastar os objetos para evitar algum trauma ainda é o mais indicado.


Epilepsia em cães – tratamento

O veterinário avalia quando é o momento ideal de começar a terapia anticonvulsivante. Para animais que possuem poucas crises no ano (uma ou duas, por exemplo), esse tratamento não é indicado por ser uma medicação que sobrecarrega o fígado. Nestes casos, pesquisa-se o que está desencadeando as convulsões, de forma a tratar apenas a causa base. 

Exemplo: animais estressados devido ao banho não necessariamente devem ser tratados com anticonvulsivante, pode ser receitado calmante para esses eventos. Fêmeas epiléticas também são recomendadas para castração, diminuindo as chances de crises e a dose da medicação anticonvulsivante.


Em todos os casos, pesquisar a causa base é importante para evitar novas crises. Animais epiléticos ou que já tiveram alguma crise convulsiva devem fazer consultas com o veterinário com mais frequência, para avaliar a dose da medicação e o tratamento da causa das crises.

Fonte: Petlove