Você sabia que as crises convulsivas e epilepsia em cães são
comuns? As crises convulsivas são geralmente assustadoras para aqueles que
presenciam. Possuem diversas causas e por serem eventos difíceis de prevermos,
geralmente nos pegam de surpresa.
A crise convulsiva pode indicar que o cachorro é portador de
epilepsia, caracterizada por convulsões recorrentes, podendo algum fator
externo despertar a crise. Durante a crise convulsiva, o animal se apresenta
descontrolado e, às vezes, até inconsciente devido às altas descargas elétricas
enviadas pelo cérebro.
A convulsão em cachorro pode ser focal ou generalizada e em
diferentes níveis. Por isso, caso o animal tenha sua primeira crise convulsiva,
é importante levá-lo a uma consulta com o profissional veterinário para
avaliação.
Convulsão em cachorro
As crises convulsivas generalizadas são as mais assustadoras
para os donos. O animal se deita de lado, treme e estica as pernas e pescoço,
além de, em alguns casos, urinar e defecar involuntariamente. Pode durar
segundos ou minutos.
As crises focais não deixam o animal inconsciente. São
caracterizadas por tremores focais, ou seja, em apenas um local do corpo, seja
uma perna ou apenas na cabeça. Podem evoluir para crises generalizadas se não
forem observadas e tratadas a tempo.
Causas da epilepsia em cães
As causas da epilepsia em cães, ou seja, das convulsões em
cachorros são:
Hereditária – cães de raça pura possuem maior predisposição
em relação aos vira-latas. Entre as raças que possuem maiores chances de
desenvolver epilepsia, podemos citar a Beagle, Pastor Alemão, Labrador e Golden
Retriever. Machos também possuem maior predisposição do que as fêmeas. No caso
do fator hereditário, as crises começam a aparecer entre o primeiro e o quinto
ano de idade.
Tumor – principalmente os que afetam o sistema nervoso.
Infecções – alguns vírus podem provocar doenças que levam às
convulsões (raiva, peritonite infecciosa felina, parvovirus, herpesvirus),
assim como bactérias, fungos (criptococose) e protozoários (toxoplasmose).
Doenças hepáticas – ocorre intoxicação por componentes que o
fígado não consegue metabolizar.
Problemas renais – devido ao acúmulo de ureia no sangue.
Doenças cardíacas – ocasionando problemas vasculares, que
podem desencadear crises convulsivas.
Intoxicação por produtos, como inseticidas.
Hipoglicemia – principalmente em filhotes. Eles não têm
capacidade de manter a glicemia em valores normais por muito tempo, por isso
devem se alimentar diversas vezes ao dia.
Traumas – quedas e atropelamento que gerem traumas ao
sistema nervoso
Estresse – animais que se estressam com barulhos de fogos e
banho, por exemplo, podem desencadear crises convulsivas nessas situações.
Fêmeas no cio – o cio não é um fator que causa convulsão.
Porém, caso a fêmea seja epilética, na época do cio as crises passam a ser mais
frequentes por causa das ações dos hormônios.
O que fazer quando meu cachorro tiver convulsão
Manter a calma, apagar as luzes para tornar o ambiente mais
calmo e afastar os objetos para evitar que ele se machuque. Quando a crise
acabar, converse com ele, o acalmando.
Existe uma lenda de que devemos puxar a língua do cachorro e
segurar seus membros durante a crise, mas é apenas boato. Não é possível
engolir a própria língua, além do fato de que quem for tentar segurá-la pode
acabar sendo mordido devido aos fortes tremores do maxilar neste momento.
Segurar os membros só torna a crise ainda mais estressante, e este ato não
minimiza o tempo da crise. Afastar os objetos para evitar algum trauma ainda é
o mais indicado.
Epilepsia em cães – tratamento
O veterinário avalia quando é o momento ideal de começar a
terapia anticonvulsivante. Para animais que possuem poucas crises no ano (uma
ou duas, por exemplo), esse tratamento não é indicado por ser uma medicação que
sobrecarrega o fígado. Nestes casos, pesquisa-se o que está desencadeando as
convulsões, de forma a tratar apenas a causa base.
Exemplo: animais estressados
devido ao banho não necessariamente devem ser tratados com anticonvulsivante,
pode ser receitado calmante para esses eventos. Fêmeas epiléticas também são
recomendadas para castração, diminuindo as chances de crises e a dose da
medicação anticonvulsivante.
Em todos os casos, pesquisar a causa base é importante para
evitar novas crises. Animais epiléticos ou que já tiveram alguma crise
convulsiva devem fazer consultas com o veterinário com mais frequência, para
avaliar a dose da medicação e o tratamento da causa das crises.
Fonte: Petlove
Fonte: Petlove
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